Anunciado como “um evento sonhador que busca valorizar as artes urbanas em geral’’, a primeira edição do Core Fest foi realizada na última sexta-feira, no Clube Cabo Branco - João Pessoa. Com uma boa presença de público, diversas bandas locais e uma do RN passaram pelo palco. Mas o evento foi muito mais do que só música. Havia espaço para skatistas, grafiteiros, apresentações de pirofagia, peças teatrais e grupos de hip hop.
Chegando ao local era possível notar a preocupação e correria do pessoal da organização, que buscou fazer um evento dinâmico e de qualidade. Também é importante destacar a presença do apresentador/comediante Márcio, responsável por sortear prêmios e animar a galera nos intervalos entre as bandas.
A noite ainda começava e o público estava chegando quando a primeira atração da noite - e única de fora - subiu ao palco. A banda natalense Skkip, que veio de última hora substituir a The Last Day Seven, tocou um rock que varia entre o alternativo, o hardcore e o punk. Embora desconhecido da maioria, o som da banda levantou a galera e foi uma espécie de aperitivo do que estava por vir.
Com uma apresentação marcada pela presença de palco e irreverência do vocalista Júnior, a banda Elmo tocou um Hardcore pesado e marcante, contagiando e levantando o público, que naquele momento já era bem mais numeroso.
A terceira atração da noite foi a banda
O Alvo. Durante cerca de 40 minutos, os meninos fizeram um show competente e sem erros. Tocaram algumas músicas sem pausa, como se fossem uma única faixa, mantendo assim uma constante empolgação dos espectadores. Aliás, a passagem da banda será lembrada justamente pela participação do público, que conhecia as letras e formou um belo coral. Além de músicas próprias, tocaram os já característicos covers do Rodox . Na última música uma surpresa: a banda fez uma versão da música “Como eu te amo”, do cantor Fernandinho, trazendo um clima mais tranquilo e um estilo de adoração diferente. Ao final do show foi exibido um vídeo onde o ex- baterista do KORN, Brian Welch Head,
dava o seu testemunho de vida.
O primeiro momento do fest foi encerrado com a banda Outona, quarteto que tem um grande número de fãs na capital paraibana.
Após uma pausa, onde foi exibida uma peça de teatro e artes circenses, subiu ao palco aquela que, sem dúvidas, foi a mais aguardada atração da noite: a banda Haderek. Com uma participação massiva do público (que até parecia ter aumentado naquele momento), a banda fez estremecer o Clube Cabo Branco. A vibe estava incrível, e os caras fizeram um show empolgante, mostrando entrosamento e a qualidade de sempre. Tocaram músicas dos seus dois álbuns, trazendo um hardcore melódico bem trabalhado e já conhecido dos pessoenses. No meio do show houve uma pausa para um momento de reflexão, onde foi trazida uma palavra sobre quem é verdadeiramente Jesus Cristo, sem religiosidade ou regras impostas.
Já passava das 10 da noite quando o show do Haderek acabou. O público, que já estava ali há mais de 4 horas, mostrava certo cansaço. Pra fechar a noite ainda se apresentaram as bandas Legadema e Iazul.
Por fim, deixamos aqui os nossos parabéns ao pessoal da organização, que mostrou ser possível quebrar paradigmas e reunir bandas cristãs e seculares num mesmo evento, valorizando a arte local e de quebra levando a palavra de Deus a quem não conhece; tudo isso de maneira cuidadosa e profissional. Esperamos que o evento se consolide e tenhamos no futuro edições ainda melhores do Core Fest.
O quão bom é ver e ouvir a Palavra de Deus em qualquer meio e momento.
É uma verdadeira faca de dois gumes, atingindo todos os âmbitos e pessoas.